segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Desvendando a Bíblia - O Apocalipse e a marca da besta – Parte 1

[O texto a seguir foi escrito por Samuele Bacchiocchi, Ph.D., professor aposentado de História Eclesiástica e Teologia da Universidade Andrews, Berrien Springs, Michigan., EUA, e traduzido por Azenilto Brito.]

Durante as semanas passadas gastei considerável tempo familiarizando-me com o cenário histórico do livro de Apocalipse. Eu muito recomendo o capítulo “O Mundo do Livro de Apocalipse”, da obra de John Paulien The Deep Things of God [As coisas profundas de Deus]. O capítulo oferece uma pesquisa concisa, mas informativa da precária situação da Igreja no tempo de João e os desafios que os cristãos estavam defrontando de fora e de dentro. O capítulo ajuda o leitor a apreciar algumas das questões que João está abordando no Apocalipse.

John Paulien, Ph. D., atualmente serve como Chefe do Departamento de Novo Testamento do Seminário Teológico da Universidade Andrews. Ele é reconhecido como a maior autoridade em literatura joanina, especialmente a respeito do livro de Apocalipse. Em apreciação por sua erudição e contribuição ao entendimento do Apocalipse, ofereci-me a promover e distribuir sem qualquer comissão seus cinco álbuns de 60 CD-ROMS, contendo um total de 120 conferências sobre o livro de Apocalipse. Considerável tempo e esforço foram investidos nessas conferências por uma equipe profissional.

Apocalipse: Uma Perspectiva Tridimensional


A primeira conclusão que emerge de meu estudo preliminar é que Apocalipse não foi escrito como um quebra-cabeça gigante para ser montado dois mil anos depois, mas um poderoso drama destinado a falar sobre os desafios dos leitores originais, bem como das futuras gerações de cristãos. Podemos dizer que o Apocalipse tem uma perspectiva tridimensional: passado, presente e futuro. Essa perspectiva tridimensional se reflete na fórmula empregada três vezes para descrever a Deus como “Aquele que era, que é e que há de vir” (Apoc. 1:4; 1:8; 4:8').

João escreveu a sete congregações reais em sete cidades reais da província romana da Ásia Menor. Era de se esperar que eles lessem, ouvissem e praticassem as palavras da profecia. “Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. (Apoc. 1:3). O termo grego para “lê” (anaginoskon) significa literalmente “ler com entendimento”. Era esperado que o leitor (pregador) e os ouvintes (a congregação) entendessem as mensagens proféticas.

Este texto promete uma bênção especial ao leitor e ouvinte do livro de Apocalipse. “Os leitores seriam os pregadores—enquanto os ouvintes seriam a congregação reunida ouvindo a leitura. Embora a leitura e o ouvir das profecias sejam muito importantes, a totalidade das bênçãos é pronunciada sob os que conservam suas mensagens” (Ranko Stefanovich, Revelation of Jesus Christ, p. 59).

O Apocalipse Atinge Até a Consumação da Redenção


Mas as profecias do Apocalipse alcançam além do tempo de João, até a consumação da redenção, com o estabelecimento de um novo mundo. Elas descrevem o desenrolar do grande conflito desde seu início no céu até as suas várias manifestações sobre a Terra. Retratam com imagens dramáticas as forças satânicas, representadas pelo dragão, as bestas, e o falso profeta, batalhando pela lealdade dos corações humanos por imposição de um falso culto. Mas a vitória pertence a Cristo, que retorna como “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Apo. 19:6), para destruir os ímpios e estabelecer “um novo céu e uma nova Terra” (Apo. 21:1).

O tema de que trata o livro de Apocalipse poderosamente, não só dirigido a seu público original, como também às gerações futuras de crentes, apela ao discernimento espiritual em interpretar suas mensagens proféticas. Nenhum método simples (preterismo, futurismo, historicismo, idealismo) pode ser usado como um padrão para interpretar todo o Apocalipse. Em vez disso, precisamos examinar cada passagem, perguntando, como assinala John Paulien: “‘Que método é adequado para esta passagem?’ Ao percorrermos o livro de Apocalipse devemos ser sensíveis à evidência do texto. Permitiremos que o texto bíblico governe o que vemos na passagem” (John Paulien, The Deep Things of God, p. 30).

Ao aplicarmos este princípio à profecia concernente à marca e o número da besta, significa que precisamos ser sensíveis à evidência do texto. Acaso sugere que a imposição do falso culto pela besta terá lugar exclusivamente no Fim? Ou já houve um cumprimento inicial no tempo de João? A resposta a esta pergunta será encontrada logo mais ao examinarmos o desafio do culto ao Imperador que João e seus irmãos cristãos estavam enfrentando.

Fonte: Maravilhoso Jesus

Um comentário:

Anônimo disse...

o que na verdade Deus quis dizer como falso profeta,com um dragao,e ao sua noiva sabemos que sua noiva seria sua igreja remanecente a que vive das sua promesas eo dragao e por que diz ezatamente onde esta o vaticano agora